Ela o amou, mesmo nunca sabendo se o sentimento era recíproco. Hoje, ela percebeu que sente falta do tempo em que estiveram juntos, da amizade, do grande carinho que sentiam um pelo outro, do amor.
Na época, por muitas vezes ela ficou descontente com ele, reclamava, chorava... Tantas vezes ele estava errado, se comportava de maneira errada, mas, mesmo não sendo um exemplo de pessoa, jamais a deixou sozinha e quando precisavam um do outro, deixavam as intrigas de lado, lutavam juntos, torciam.
Como todas as mulheres, ela sempre pensou dar muito mais importância à relação que ele, achava que apenas dela vinha o amor verdadeiro. Mas o cara ligava no meio da madrugada pra ouvir sua voz, e dizia que a amava, ria alto, conversava.
Eram novos, imaturos e inocentes quando se conheceram, a menina sonhava com um conto de fadas e um príncipe encantado, ele a fez perceber que tudo não passava de histórias infantis, a vida de verdade era diferente, mas ela nunca deixou de sonhar.
Eles moravam longe um do outro, passaram a maior parte do tempo separados, mas ao mesmo tempo, estavam tão juntos. Por muitos anos, ela pensou que jamais conseguiria viver sem ele. Ele a erguia toda vez que tropeçava, estendia a mão sem reclamar, ele jamais a ignorou, sem jeito, confuso, juntava algumas palavras e conseguia dar a maior força que ela poderia receber.
Na vida, podemos amar várias vezes, guardamos com carinho todas as vezes que o amor foi verdadeiro. Os dois se amaram da forma mais simples possível, mesmo que na época tudo parecesse tão complicado. Hoje, ela sente falta exatamente do que lhe fazia bem e que por tanto tempo pensou que fizesse tão mal. A vida escolheu para ambos, caminhos completamente diferentes, as responsabilidades do amadurecimento apareceram, e as irresponsabilidades também. Os dois foram se afastando, até que não deu mais certo, só Deus sabe como ela sofreu, pensou então em desistir do amor, nada jamais seria igual ao tamanho amor que ela sentia, mas superou. A vida os apresentou outros companheiros, eles tentaram, alguns deram certo, outros não.
O fato é que cada um seguiu sua vida, felizes ou não, eles tiveram que aprender a sobreviver sem um ao outro.
Às vezes a saudade bate, mas as pessoas só sentem falta daquilo que foi bom, não temos dúvida de que o amor foi verdadeiro, de que o companheirismo foi fantástico e que a relação foi saudável, muito mais que amantes, ele foram amigos, e a amizade vai prevalecer sempre, mesmo com tão pouco contato. Os corações param pra lembrar que um dia, um foi do outro, bate a saudade do abraço apertado, do colo, do carinho. Por orgulho, ou não, eles não se procuram mais.
(trs)

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